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“Uma carta aberta a António Costa”

Antes que surjam os bendizentes do Partido Socialista e, ou também, os habituais oportunistas críticos de tudo, quanto não seja um chorrilho de louvaminhas a António Costa e à sua desastrosa política governativa, profundamente inquinada de corrupção, de mentira, mesmo de negação perante a evidência dos factos, dos casos, a envolver cada vez mais um crescente número de figuras políticas e governativas gratas a António Costa e ao seu P.S., devo referir, que esta minha carta aberta é um mero plágio daquela outra, a original, da autoria de um professor de origem açoriana, de seu nome, António Bulcão, origem também por coincidência de meu Pai.

Eis a carta aberta do professor António Bulcão a António Costa, seu colega de estudos na Faculdade de Direito de Lisboa

Carta a António Costa de um seu colega da Faculdade que seguiu a carreira de Professor

Caro António: talvez não te lembres de mim, mas fomos colegas na Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa.

Ou até poderá acontecer que tenhas uma leve ideia de um açoriano magrito, de bigode, que militava na Tertúlia Académica, juntamente com muitos outros, dos quais relembro o André, o Júlio e o Marcelo.

Tirámos o mesmo curso, até escolhemos a mesma menção (Ciências Jurídico-Políticas), mas seguimos caminhos diferentes na vida. Aliás, logo na Faculdade se começou a ver que tínhamos visões diferentes da mesma vida. Relembro um episódio que o prova.

Comia-se mal nas cantinas. Havia, aliás, dias em que se comia muito mal. Quando se tornou insuportável, decidimos, na Tertúlia Académica, fazer um levantamento de rancho. Havia quem quisesse partir tudo, em sinal de protesto. Mesas, cadeiras, material de cozinha. Foi a muito custo que consegui convencer os outros de que era má ideia. Que as cantinas iam fechar e quem era pobre e dependia delas iria sofrer. Lá aceitaram a minha proposta de fazer uma manifestação pacífica, e assim fizemos.

Enchemos a Reitoria de tabuleiros com comida intocada. Comida que não comemos por todo o lado. No chão, em cima de balcões, etc. Ficámos lá toda a tarde aos gritos, até que, já de noite, finalmente o Magnífico Reitor nos veio brindar com um discurso lindo. Mas nós não queríamos palavras. Com elas não encheríamos a barriga. Convidámo-lo para jantar. O homem resistiu. A multidão insistiu. Até que o Reitor cedeu e foi jantar connosco à Cantina Velha.

Por sorte era pescadinha de rabo na boca a refeição. Um dos pratos mais temidos, pela falta de gosto e pela insuficiência de peixe. Já com jornalistas presentes no repasto, um deles perguntou ao Reitor se ele achava, em consciência, ser aquilo suficiente para futuros médicos, advogados, juízes, engenheiros, etc, se alimentarem de jeito, tendo de estudar à noite. Foi então que o Reitor proferiu a sua frase mais célebre: “A fome depende do apetite que se tem”. No outro dia estava esta máxima nas primeiras páginas dos jornais. Passadas umas semanas, a comida melhorou bastante.

Não te vi em nenhum passo desta luta, António. Tu, que até eras dirigente da Associação de Estudantes, embora te escondesses atrás do José Apolinário.

Entendo que, sendo de Lisboa e na capital vivendo, não precisasses da cantina. Ias comer a casa. Mas, que diabo, tinhas sido eleito para nos representar e defender os nossos interesses.

Se não fosse por tal obrigação, que fosse por solidariedade para com os colegas que eram das ilhas ou de outras paragens continentais. Os pobres que não tinham alternativa que não fosse andar com o credo na boca enquanto comiam a pescadinha com o rabo na dita.

Afinal, não eras socialista? Não era por seres da JS que tinhas sido eleito? Não nos devias pelo menos a tua presença solidária, já que incapaz de organizar e levar a cabo o protesto?

Seguimos caminhos diferentes, com visões diferentes da vida e de valores. E perguntarás por que vem este chato agora à tua superior presença.

Venho porque sou professor, António. Nunca quis ser famoso ou importante, como tu. Desejava, e consegui, fazer advocacia e ensinar numa escola. No fundo, dar utilidade ao curso que tirei. Pelo menos tu também acabaste o curso, diferentemente do César, que andava por Lisboa a pastar e a gastar o dinheiro do pai, mais interessado na Juventude Socialista do que na Teoria Geral do Direito Civil. Olha onde o levou e ainda o poderá levar a preguiça… Com a tua ajuda, meu caro.

Sou professor, António. Desde 1984, já ajudei a formar uns milhares de alunos. Coisa pouca, admito, ao pé do Orçamento do Estado. Mas lá fui andando, humildemente.

E é como professor que não te perdoo, António. Não pelas tuas opções políticas, tu é que sabes dessas coisas importantes. Foi do PS a célebre frase “primeiro as pessoas”. Foi de um distinto antigo dirigente socialista a frase “há mais vida para além do défice”. Mas, para ti, ajudar bancos e fazer boa figura em Bruxelas é que é sagrado. São opções…

Não te perdoo é por teres transformado a classe dos professores numa classe odiada. Dói-me tanto, António, ver títulos nos jornais como “Quase todos contra os professores”, expressando uma sondagem sobre a opinião dos portugueses.

Que fizemos nós de errado? Talvez, apenas, termos escolhido esta profissão, quando acreditávamos que o Estado seria pessoa de bem. De resto, cumprimos as nossas obrigações lectivas e fiscais, aguentámos cortes nos vencimentos e congelamento das nossas progressões nas carreiras, tudo em honra da salvação da Pátria. E depois começámos a lutar para recuperar o que é nosso por Direito. Achas mal? Não é justo?

A História está cheia de exemplos de homens e mulheres que lutaram por aquilo que achavam justo e para recuperar o que era seu. O Conde de Monte Cristo impressionou os meus doze anos, e depois descobri que na vida real tinha de ser assim também. Lutar para recuperar o que me roubassem. Ou deveria desistir, sabendo que assim seria facilmente vencido, ao contrário do que proclama Mário Soares ainda hoje no Largo do Rato?

Se não é possível, pois que não seja. Afinal, nestas crises todas, apenas a classe política não perdeu nenhum privilégio. Pelo contrário, aumentou-se descaradamente.

Escusavas era de fazer todo este cagaçal, de exercer toda esta chantagem, de vires com números falsos sobre o aumento da despesa, transformando-nos nos maus da fita. Quando nós, apenas, lutámos e continuamos a lutar pelo que consideramos ser justo. Que outras classes façam o mesmo, terão o nosso apoio.

Nós, só fizemos a nossa parte…

Mas tu queres é derrotar a direita. Ter maioria absoluta. Livrar-te da geringonça. E, para conseguir ganhar os teus jogos políticos, não te importa que sejamos odiados. Nem tens a caridade de proclamar que seriam justas as nossas reivindicações, mesmo que não fosse possível acolhê-las. Seria, ao menos, um consolo, ver-te dizer que temos razão…

Em vez disso, preferes transformar-nos em tema de campanha. Para berrar que os socialistas são os campeões das contas certas.

Ó António, pelo menos alguma vergonha na cara. Então não nos lembramos da primeira intervenção externa do FMI em Portugal, quando era 1º Ministro Mário Soares? Não nos recordamos do Guterres em frente às câmaras de televisão, a tentar fazer contas com olhos de calculadora alfanumérica? E sobretudo, de José Sócrates, principal culpado deste imbróglio todo? Andaste tão perto dele e nunca desconfiaste que não era flor que se cheirasse? Campeão das contas certas, o Sócrates?

Não te perdoo, António, por andares por aí, de comício em comício, a dizer que toda a oposição nos queria enganar. Acredita que não é fácil seja quem for nos enganar, a nós, professores. Sobretudo quem queira devolver-nos o que é nosso. Como nos enganaria, ao fazê-lo?

Mas admitindo que toda a gente nos queira enganar, uma virtude tem esta tua sanha: obrigar-me a reconhecer que tu és o único que nunca me enganaste… Mal te cheirei ao longe, soube logo o que a casa gastava.

Mesmo assim, quem me dera voltar quarenta anos atrás… Se frequentasses a cantina, com gosto te ofereceria a minha pescadinha de rabo na boca, ficando eu com fome. Desde novo tive consciência de que os nossos governantes, passados e futuros, precisam de muito alimento…

António Bulcão

(publicada no Diário Insular)

Pronuncia-se quem conheceu e conviveu com a personagem.

O nosso povo usa um ditado que define bem a nossa personagem, reza assim, Quem vê caras não vê corações.

Sem mais comentários.

“Caiu-lhe a máscara”

António Costa, o ainda Primeiro Ministro do atual governo socialista, governo, que goza do apoio de uma maioria parlamentar, hoje perante as câmaras da TV, deixou finalmente cair a máscara da hipocrisia, revelou-se-nos tal como quando veio ao mundo, nu de ideias, nu de soluções, nu de respeito pelos direitos democráticos dos professores, mas curiosamente perante tanta nudez, ainda usando da sua retórica balofa e bolorenta, conseguiu sacudir, como habitualmente, a água do seu capote ao declarar, que quem prometeu aos professores da Escola Pública uma carreira aliciante, lhes resolva agora o problema, ou seja, lhes satisfaça as suas mais que justas reivindicações.

Declarou António Costa, o ainda Primeiro Ministro do Governo Socialista de maioria absoluta, que não se pode pagar aos professores todo o tempo de trabalho congelado, 6 anos e tal, por duas ordens de razões – primeiro, porque seria uma injustiça para com outras inúmeras carreiras, que também viram o seu tempo de trabalho congelado, segundo, porque o governo não poderia aumentar a despesa pública em cerca de 1 milhão e 300.000 euros, se considerasse aquele pagamento aos professores, já que se trataria de uma fatura permanente – anualmente a despesa pública com os professores aumentaria aquela quantia – 1 milhão e 300 mil euros, ou seja, 1,3 milhões de euros.

Foi então, que face a esta dificuldade financeira admitida pelo “gestor socialista” como enorme encargo, impossível de cumprir, que António Costa, eventualmente pouco concentrado, declarou para a posteridade, que aos professores fora em tempos prometida uma carreira aliciante, obviamente por alguém, ou algum líder político, que entendeu ao contrário de António Costa, valorizar a carreira docente da Escola Pública, por todas as razões. mas com toda a certeza e principalmente por a considerarem a pedra fundadora da nossa sociedade democrática – sem professores não há Escola Pública e sem Escola Pública não haveria nunca, por exemplo, políticos com algum grau de literacia, como parece ser o caso de António Costa.

Creiam os meus leitores, que fiquei um tanto atordoado, ou mesmo um tanto apalermado, ao escutar as explicações de Costa quanto às razões da não satisfação da principal reivindicação dos professores – o pagamento integral de todo o tempo de serviço cumprido, mas congelado, isto é, trabalho não pago.

Imaginemos por momentos, que a Auto Europa resolvia não pagar um dia por semana de trabalho aos seus empregados e que os sindicatos desses trabalhadores iniciavam uma greve a reivindicar esse direito – o pagamento do dia trabalhado, mas não pago pela entidade patronal. Será que António Costa teria a veleidade de declarar, quer que a greve era ilegal, quer que a justa reivindicação do salário perdido não tinha cabimento porque a AutoEuropa não aguentava arcar com essa despesa?

Obviamente não cairia em tal esparrela, mas então, porque motivos, face às mais que justas reivindicações de uma larga maioria de professores, se limita a dizer que não tem uma solução? Será por manifesta incapacidade intelectual? Não creio, apesar de não o considerar um “crânio”, mas antes uma cigarra palradora, impingindo-nos sempre a mesma cantilena musical.

Creio sim, que esta sua declaração de interesses de ordem político-partidária se deve a uma circunstância temporal – as últimas sondagens apontam para uma queda abrupta da percentagem de eleitores a votar no P.S., revelando mesmo, que a Direita já ganharia as eleições – tal deverá ter abalado tanto a convicção pessoal de António Costa na sua retórica habitual, que decidiu destas vez apelar para as outras profissões também com carreiras congeladas espicaçando-lhes o orgulho e a reputação – genericamente com o argumento eles também são filhos, também são gente, também são eleitores.

Deste modo o nosso “artista” consegue manipular mentes, paixões, rivalidades, invejas, mesquinhices muito próprias dos descendentes do Lusitanos, servindo-se do congénito masoquismo das nossas gentes – se para mim não há, então que não haja para ninguém.

Estou até certo, que as próximas sondagens irão recolocar o P.S. isolado no primeiro lugar, ou não fosse a inveja a qualidade mais inata do Português.

Não creem em tal?

Já repararam como se comportou a CONFAP, a dita associação de pais? Preocupada com o bem estar físico e psíquico dos professores? Nem pensem vê-la diretamente envolvida nesta “zaragata” dos muitos milhares de professores maltratados e explorados por uma entidade patronal, que se diz democrata e socialista – então quem iria cuidar dos nossos filhotes, zelar pela sua segurança, garantir-lhes a refeição – porque o demais, a educação e a aprendizagem cultural, isso tudo, pouco ou mesmo nada interessa.

Não brinquem com a Escola Pública, não brinquem com a Educação das nossas crianças, mas principalmente não brinquem com quem decidiu em tempo útil ser professor, educador, preparando para a Vida todos os nossos filhos, os homens e mulheres de amanhã.

Nota final: cada ano que passa, reduz-se o número de professores com licenciaturas próprias para a Educação, cada vez há mais alunos que atravessam largos períodos de tempo sem aulas, simplesmente porque não têm professores a uma ou mais disciplinas

Como pensa Costa ter contribuído para melhorar a situação, quando em definitivo “insultou” a classe dos professores, negando-lhes a satisfação de um seu direito democrático, o direito à justa remuneração pelo trabalho realizado?

“Encerrado por roubo”

Que mais será preciso acontecer para despertar os Portugueses desta modorra em que caíram embalados pelas promessas ocas por falsas de Antonio Costa e seu partido?

Hoje aconteceu algo, que nos deixou embasbacados, tal a audácia dos que vivem à custa do alheio. O serviço de Gastroenterologia do Hospital de Viana do Castelo foi assaltado esta madrugada e os autores de tão rebuscado ato, entenderam apropriar-se de toda uma série de aparelhos, cujo valor está já calculado em cerca de 700.000 euros – uma pechincha, quando comparado com os muitos milhões de euros derretidos voluntariamente na manutenção desastrosa (ou será criminosa?) da tal TAP.

Dizia há dias a propósito das queixas referidas por Rui Moreira, o autarca da cidade do Porto, quanto ao caos causado pelos “coitados” dos consumidores de toda a espécie de estupefacientes, que deambulam livremente e a céu aberto pela zona residencial da Pasteleira, freguesia de Lordelo do Ouro, provocando nos residentes da zona um permanente desassossego, reitero, dizia o senhor Ministro da Administração Interna, que esse problema não se resolvia colocando mais policia na rua – se a minha memória não me atraiçoa, a “droga” não foi invenção da Democracia de Abril, embora em tudo pareça ser.

Desde há muito tempo, que ela percorre os mercados (leia-se, países), onde encontra consumidores, sem os quais esse comércio não sobreviveria. Eis aqui o busílis da questão – há consumidores, há mercado, há material (leia-se, droga) para venda.

Talvez fosse interessante, que o senhor Ministro da Administração Interna, se dedicasse a tudo fazer para alterar o paradigma do consumo – repito, há consumidores, logo há mercado, logo há traficantes, que esfregam as mãos de contentes tais são as facilidades, que lhes são concedidas para a prática do seu muito rentável “negócio”.

Portugal de há uns anos para cá tornou-se a porta de entrada para a Europa, mas não só. a tal ponto que se julga já estar instalada em Portugal uma célula do PCC, talvez o maior esquema de tráfico de origem brasileira. Ou seja, como a “quinta” socialista nem muros tem, quanto mais polícia, a “coisa” já está instalada, até porque o SEF acabou sepultado sem retorno. Creio que alguns ainda terão memória suficiente para recordar uma estória com aviões, sim com aviões vindos do lado de lá do mar, estória, diga-se muito mal contada e por isso mesmo já convenientemente esquecida.

Não me atrevo a sugerir nada de especial ao senhor Ministro da Administração Interna, talvez me limite a recordar-lhe, que outrora no tal regime ditatorial, tanto quanto eu me recordo, apenas se snifava umas coisas lá para o lado do Estoril, no mundo dos snobs, dos queques, nos bailes da gravata – obviamente quando a coisa provocava algum alarido, o Tónio resolvia tudo com uma só penada – e é curioso, um dos que levou uma penada do Tónio, que não admitia essas poucas vergonhas na sua quinta, foi nada mais, nada menos do que o então Ministro do Interior (hoje, a Administração Interna) – claro, mudam-se os tempos, mudam-se as políticas e as personagens.

Porém, o único, que continua a comer e calar é o Zé Povo, afinal aquele a quem os democratas de Abril juraram conseguir uma verdadeira democracia, um país moderno, seguro para pessoas e bens, com serviços de saúde gratuitos ou no mínimo acessíveis a todos, com um ensino moderno e evoluído, sem teias de aranha, mas sem exageros, sem preconceitos raciais e sociais, em resumo, um país civilizado, democrático, sem mordaças de qualquer espécie, mesmo que para tal seja necessário aplicar algumas penadas à moda do Tónio.

E muito mais haveria a dizer, no que concerne ao nosso sistema judicial – muita parra e pouca uva – é o seu paradigma.

Portugal transformou-se num país de coitadinhos, de corruptos, de novos ricos, de facilitismos, imagine-se até de imigração, logo nós, que durante décadas outra coisa não representava-mos, senão os figurantes da novela “A mala de cartão” de Linda de Suza.

Isto, senhor ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, é o triste e apagado país, que os “democratas de Abril” nos legaram e o partido de V. Ex. cia louva alegremente, plagiando a letra de uma conhecidíssima cantiga da Mocidade Portuguesa, “Lá vamos cantando e rindo, lá vamos …”.

Nota: não se esqueçam os meus eventuais leitores, caso estas verdades lhes causem uma particular azia, que o serviço de Gastroenterologia do Hospital de Viana do Castelo está encerrado por roubo de muito do seu material médico indispensável para vos examinar.

Passem bem!

“Hipócritas e fariseus”

Um destes dias fui surpreendido com a notícia via TV, com artes de publicidade política (aproveitam tudo, por mais mesquinho que seja), que o Hospital de São João do Porto já dispunha de um equipamento para cirurgias robóticas, mais especificamente para casos de patologia prostática, como a neoplasia prostática, técnica, que preveniria a disfunção erétil e também a incontinência urinária, consequências habituais das cirurgias clássicas.

Tratou-se obviamente de uma notícia, que duplamente me agradou, quer, porque sou profissional de Medicina e me alegro com tudo quanto possa melhorar as condições de vida dos meus doentes, quer, porque como homem, sou um potencial usufrutuário de tal sistema de cirurgia robótica – muito menos invasivo do que a cirurgia clássica e consequentemente com um mínimo de sequelas pós-cirúrgicas, como as já referidas atrás.

Poder-vos-ia parecer (dirijo-me aos meus leitores), que decidi hoje proporcionar-vos uma palestra (escrita) sobre aquele muito conhecido órgão masculino, a próstata, que em fases mais adiantadas da vida com relativa frequência nos prega maiores ou menores sustos – refiro-mo ao tipo de patologias, que o afetam, o adenoma e o cancro, o primeiro benigno mas causador de perturbações na micção, o segundo de origem maligna, curável, se detetado a tempo, mas entretanto ainda responsável em Portugal por uma taxa muito significativa de mortes masculinas.

À primeira vista este meu poste ter-vos-á dado a ideia de que hoje decidira puxar dos meus conhecimentos de ciência médica, mas definitivamente não, nunca foi essa a minha prévia intenção, já que como habitualmente, nunca deixarei de partir pedra insistindo em esclarecer e despertar os mais desatentos, e são inúmeros, membros da nossa sociedade em geral, mas com especial ênfase a dirijo aos meus concidadãos do sexo masculino.

Vejamos então porque motivo, decidi hoje elaborar este poste, mais ao estilo mensagem informativa por um lado e muito crítico pelo outro lado – é que a Comunicação Social Portuguesa, via TV, mais uma vez insiste em apresentar estas notícias, que nos deveriam envergonhar, com foros de grande conquista, de grande decisão política em prol da saúde do cidadão, no caso do S.N.S., já que vos recordo, o Hospital de São João do Porto é um hospital público logo integrado naquele Serviço Nacional de Saúde.

Compreenderão melhor a razão da minha crítica, quando vos disser, que a mesma notícia fazia gala do alto custo do sistema robótico em causa, qualquer coisa como, salvo erro, de 1,7 milhões – um milhão e setecentos mil euros – ou seja, uma ninharia quando comparado este valor com os muitos milhões “investidos” na tal companhia aérea de bandeira, uma tal T.A.P., ou no Novo Banco para salvar a face do responsável do desastre.

1,7 milhões de euros, menos de 2 milhões, uma côdea, ou uma gota de água, quantia ínfima, se comparada com o enorme desperdício de dinheiro públicos em múltiplas empresas públicas, que apenas servem para garantir o “sustento” à enorme família socialista – hipócritas e fariseus – não os poderia denominar de outro modo.

Quando questionamos alguém sobre o que valoriza mais na Vida, a resposta habitual é sempre, a Saúde.

Para estes “democratas”, que já há demasiado tempo nos (des)governam, mais importante é continuar fazer figura de novo-rico, alimentando “grandezas” como uma TAP cronicamente deficitária, como uma rede de autoestradas a pedir meças aos países mais desenvolvidos e mais ricos, continuar a alimentar, reitero, a numerosa família socialista, a garantir com uma conhecida “engenharia” social a “compra de votos”, que lhes garanta a permanência no Poder, manipulando mentes de enorme pobreza em termos de literacia, continuando igualmente a apostar numa Escola Pública para “pequeninos” futuros cidadãos, enfim, seria fastidioso explanar aqui todos os itens, que estes socialistas vítimas de verborreia crónica, se esfalfam para nos impingir como se de políticas inteligentes e construtivas em prol dos seus concidadãos, se tratasse.

1,7 milhões de euros aplicados num robot cirúrgico, a técnica mais inovadora para cirurgia da próstata, merecerá assim tanta ênfase da Comunicação Social? Ainda com a referência de se tratar do SEGUNDO aparelho do género no S.N.S. – o primeiro, logicamente em Lisboa, na Capital, num dos seus hospitais públicos.

Em Portugal, os hospitais privados já dispõem de tal há vários anos.

Para terminar, quero recordar-vos qual a ideologia política do fundador do SERVIÇO NACIONAL DE SAÙDE um fundador do Partido Socialista, António Arnaut.

Sem mais comentários!

“Entre a boçalidade da Direita e a chico-espertice da Esquerda, prestando-se ambos ao papel de sanduiche da ética republicana do P.S.”

Acompanho com alguma regularidade a Comunicação Social, seja via TV, seja escrita (jornais e ou revistas), sigo com relativo interesse, este ou aquele cronista, uns com conteúdo mais falacioso do que pedagógico, outros dotados de uma assertividade analítica digna de referência, enfim, creio ter dado a entender, que leio os prós e os contras, os que aplaudem e admiram o estilo retórico de Costa e os que contestam a frontalidade de André Ventura, que como usa dizer o nosso Povo, costuma chamar “os bois pelo nome“, política pouco ou nada simpática, muito menos gentil, para aqueles, e são muitos, ainda que iludidos, até já desenganados e descrentes, persistem em aplaudir, quem tudo fez para os lograr e “comprando-lhes” o voto com um rosário de quimeras, que nunca acabarão por ver a luz do dia, não fosse a sua Ética Republicana, a única coisa, que parece ainda perdurar nas suas memórias, já que no que concerne ao enorme rol de mentiras travestidas de promessas à moda do Chefe Costa, essas nunca passaram, nem passarão disso mesmo, de artefactos produzidos por uma mente produtora de mentiras de modo compulsivo.

E tudo isto, para agora acentuar a sílaba tónica de um texto assinado por um cronista, que se revelou incapaz de digitar a sua crónica com o cérebro e preferiu digitá-la com o coração – nada que me pareça descabido desde que a coerência de ações (leia-se, de escritas) se mantenha.

Entendeu o cronista em causa, qualificar a ação contestatária do partido Chega, como uma boçalidade, assim como própria de pessoas estúpidas, ignorantes, nada inteligentes, até não humanas, já que, registe-se, apelidou e comparou aquele grupo de deputados democraticamente eleitos aos macaquinhos do zoo de Lisboa (?) habituados a toda uma série de ações para “apanhar os amendoins” aos visitantes.

Ora, para que entendam este meu arrazoado, devo explicar-lhes, que tudo partiu da decisão da maioria da Assembleia em reprovar uma moção, que pretendia fosse levantada a imunidade parlamentar à senhora deputada do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, decisão com que o partido Chega não concordou e daí a sua contestação realizada, diga-se, com algum folclore – os deputados do Chega cobriram as suas faces com uma foto daquela deputada e “aplaudiram” a decisão do não levantamento da imunidade parlamentar, com uma sessão de “batuque” nas bancadas.

Se foi bonito de se ver? Talvez não, mas afinal, porque revelar “dores de barriga, de ordem ética” pela estranha manifestação de desagrado do partido Chega, que segundo o dito cronista entra em contradição com a postura e o respeito devido àquela “Casa do Povo”, quando o país inteiro, de Norte a Sul, assiste revoltado, diariamente, à luta de professores, médicos, enfermeiros, funcionários da CP, não se queixando apenas das suas razões, mas também das inúmeras dificuldades da Escola Pública, do Serviço Nacional de Saúde, etc., etc., sem que cronistas e não cronistas, profissionais da Comunicação Social, saiam a terreno para colocar os pontos nos iis e declarem personas não gratas tais e tantos “funcionários” de um governo socialista apoiado numa maioria com tiques totalitários cada vez mais frequentes – como designar então os deputados de uma maioria, que em tudo aplaude, mesmo nos erros, mesmo nas mentiras, mesmo nas propostas, que sabemos de antemão não serem cumpridas – míopes intelectuais, farsantes, marionetes, negacionistas da Ética Republicana, enfim, vá lá senhor cronista, vire a lapela do casaco e revele-se aos outros, aos leitores e assinantes da sua publicação, porque quanto a mim, ao denominar deputados eleitos legitimamente pelo Povo Português, como macaquinhos do zoo, sejam quais sejam, as suas doutas razões, já está para mim perfeitamente qualificado e partidarizado.

Passe bem.

“Algo vai mal, muito mal no “reino” de Portugal”

Primeiro foram os professores, auxiliares de educação e outros técnicos (psicólogos, etc.) ligados à Escola Pública a manifestar o seu total e o mais profundo desagrado pelas políticas da Educação, que este Governo Socialista na pessoa do senhor Ministro da Educação, João Costa (até parece embirração, ou má fortuna com este sobrenome Costa), persiste teimosamente em aplicar, não cuidando de se travestir por momentos na pele dos seus humildes colegas professores.

Sua Ex. cia, o senhor Ministro, não se assume, como dispondo de um estatuto pessoal e social, uns patamares acima dos seus humildes colegas de profissão, tem contudo um trato nas negociações a decorrer, que em tudo releva essa ideia – penso, quero e mando – antes indicia para espanto de muitos milhares desses humildes “mestres escolas”, que ainda não conseguiu digerir a tríade de valores democráticos, que o Abril de 74 nos trouxe, a todos os Portugueses, sem exceção – Direitos, Liberdades e Garantias – tendo nascido no longínquo ano de 1972, então não se terá apercebido, que caíra a Ditadura e nascera a Democracia, aquele regime republicano, expresso na nossa Constituição, que além do direito ao voto, também nos trouxe o direito à greve, exatamente aquele direito, que sua Ex. cia, que se diz Ministro da EDUCAÇÃO não quer considerar.

E a prova disso, é que sua Ex. cia usou abusivamente de uma determinação emanada, NÃO DE UM TRIBUNAL ARBITRAL, este sim com capacidade jurídica, mas sim de uma COMISSÃO ARBITRAL sem capacidade jurídica, emanada do seu próprio ministério, numa tentativa quixotesca de fazer calar a indignação dos professores, revelando apenas uma “qualidade” inerente à maioria da classe política portuguesa – a chico-espertice – cuidando não resolver os graves problemas, que a Escola Pública vive, mas antes dar uma de “quero posso e mando”, afinal só reveladora dos tiques ditatoriais, com que o seu homónimo Primeiro Ministro nos tem mimoseado com frequência.

Para aqueles, que porventura não tenham apreendido o alcance, o grau bastante desta obscena patifaria dada como resposta às mais que justas reivindicações da Escola Pública, esclarecer-vos-ei, que “esta imposição dos serviços mínimos” por uma COMISSÃO ARBITRAL está ferida de ilegalidade e inconstitucionalidade – o problema é o senhor Ministro ter, sobrado conhecimento de que qualquer ação para a anular, via Tribunal Constitucional, levaria MESES, como tal muito fora de um tempo aceitável.

Ou seja, perante esta jogada suja, porque de jogada suja se tratou, sua Ex. cia acabou a marcar o seu primeiro ponto, mas o “jogo ainda agora começou, ainda vai no início,

O resultado final, logo se verá!

E a prova, que muita coisa vai mal no “reino” de Portugal, é-nos dada hoje pela notícia, que um dos sindicatos médicos portugueses, a F.N.A.M. marcou uma greve de médicos para 8 e 9 de Fevereiro, reivindicando respeito pelos seus profissionais, melhorias salariais e uma “ressuscitação” do moribundo S.N.S,, até agora mantido vivo à custa de muita dedicação dos seus profissionais, trabalho muito meritoso e de esforçada dedicação, durante a pandemia, conforme relevado por sua Ex. cia o Presidente da República, mas não só, durante a pandemia.

Todos Portugueses têm conhecimento do caos nas nossas urgências gerais, obstétricas e pediátricas, também da falta de um plano de recuperação do atraso de marcação das consultas de especialidades várias, outro tanto no que se refere ao atraso das listas de espera das cirurgias programadas, à crónica falta de médicos de família – continuam muitos milhares de portugueses esperando aquilo que lhes foi prometido já há anos por António Costa, mas promessa nunca cumprida, como é norma habitual deste Primeiro Ministro.

ETC, ETC,.

Seria fastidioso, para além de cansativo, enunciar tais e tantas carências, muitas delas a concorrer com as “capelas imperfeitas” do Mosteiro da Batalha, imperfeitas porque nunca acabadas.

Já alguém percebeu, ou será que não, da demagogia de António Costa sempre envolvida naquela sua retórica balofa e bafienta, prometendo novos Mundos ao Mundo Português?

Dou-vos uma dica – Portugal no ranking da corrupção estava desde há muito colocado no meio da tabela – recentemente concluiu–se, que descera mais um degrau.

Em resumo, estamos no bom caminho, já ninguém fala nos dinheiros do P.R.R., no Panamá Papers, nos vistos Gold e agora para atualizar a nossa tradicional “má língua”, só se fala na construção principesca de um altar para o Papa se dirigir aos jovens no Festival Mundial da Juventude.

Ora toma lá ZÉ!