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“25 de Novembro de 1975”

Após um período revolucionário, apelidado de PREC, período de enorme agitação política, tantas foram as tentativas do controlo do golpe revolucionário pelo P.C.P. e seus apaniguados, tentativas diversas, servindo-se de figuras, que aos olhos do cidadão menos formado e informado, até então, mereceriam o respeito e a consideração devida por todos nós, dada a sua aparente contribuição para que o Abril de 74 medrasse e crescesse forte e nos legasse uma DEMOCRACIA, jovem é certo, mas livre de perigos, livre de ideologias baseadas na doutrina marxista-leninista, que então já marcara a Humanidade de modo extremamente negativo – ideologia implantada e imposta por uma revolução popular, em 1917.

Não vou aqui descrever tudo quanto de negativo, trouxe à Humanidade esta ideologia – limito me a criticá-la, segundo um ponto de vista, creio que sempre desvalorizado, o sentido de se tratar de uma completa utopia – sim, o marxismo nunca passou disso mesmo, uma doutrina económica, social e política eivada de uma profunda total utopia – Jesus Cristo, não teria feito melhor, ele também um sonhador com ideais utópicos.

O Homem na sua essência, na sua natureza, na sua racionalidade, ou falta dela, nunca abdicou do seu instinto animalesco – então nos primórdios da Humanidade, os cavernícolas comportavam-se como animais selvagens, disputando tudo e todos os seus interesses pela força bruta, animalesca.

O tempo passou, séculos e mais séculos, milhares e milhares de anos, mesmo milhões de anos, o planeta sofreu as agruras de variadas eras, a que também chamamos “idades”, do gelo, do fogo, etc..

Contudo, o lado selvagem, animalesco, do Homem permanece – os conflitos substituem-se a outros conflitos, sucedem-se quase ininterruptamente, tudo continua a girar à volta dos mesmos “desinteressados” interesses – o vil metal continua a mostrar o seu verdadeiro rosto – cometem-se barbaridades, sem conta, para alcançar o Poder e com ele, o vil metal – note-se, que estamos a falar do Homem dito civilizado, do Homem culto, do Homem testemunha viva de tais e tantos crimes civilizacionais, mas que apesar de dispor de tudo, ainda pretende mais e mais.

Pois é, seguramente a racionalidade do Homem dito da era moderna, tão pobre, tão doentia, que o impede de se autocriticar – diria até, a sua natureza esquizofrénica, impede-o de se analisar, de se julgar.

Hoje, dia 25 de Novembro de 2023, celebra-se mais um aniversário do “golpe militar”, que repôs a ordem revolucionária de Abril de 74, aquela que desde a primeira hora repudiara a designação de “revolta popular”, pois nunca se tratou de tal – claro, que determinadas organizações partidárias gostariam de ficar na História Pátria, como os autores da dita revolução popular.

Acontece, que nem se tratou verdadeiramente de uma revolução militar, muito menos de uma revolta popular, designação tão do agrado dos ditos “democratas” da linha marxista-leninista, facilmente olvidados das barbaridades cometidas à sombra da utopia de uma teoria política, que infelizmente ganhou raízes em meio mundo e alimentou de falsas promessas e sonhos dourados os seus crentes, muitos deles ainda a sonhar com o tão prometido el-dourado na Terra.

Vou terminar com um profundo agradecimento a Ramalho Eanes e seus companheiros, os “autores” do golpe militar de 25 de Novembro de 1975, que nos libertou da asfixia demagógica e impediu o êxito de uma das tais “revoltas populares” à boa maneira dos “camaradas” do P.C.P..

A nau portuguesa tem navegado aos “esses” durante todos estes anos, mete água de vez em quando, mas ainda flutua, graças ao despertar, que o 25 de Novembro de 1975 nos trouxe a todos nós.

Viva a Revolução, abaixo a revolta popular.